terça-feira, 3 de maio de 2016

Salve São Jorge!




Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe ..
Os doze apóstolos meus irmãos
Andarei nesse dia nessa noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de são Jorge
São Jorge sendo com praça na cavalaria
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tendo pé não me alcancem
Tendo mãos não me pegue não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo o meu corpo não alcançara
Facas e lanças se quebrem se o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem se ao meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge!




Salve Jorge!

Salve Jorge!

Domingo 23, Domingo 23
É dia de Jorge
É dia dele passear
Dele passear
No seu cavalo branco
Pelo mundo prá ver
Como é que tá
De armadura e capa
Espada forjada em ouro
Gesto nobre
Olhar sereno
De cavaleiro, guerreiro justiceiro
Imbatível ao extremo
Assim é Jorge
E salve Jorge! viva! viva !viva Jorge!
Pois com sua sabedoria e coragem
Mostrou que com uma rosa
E o cantar de um passarinho
Nunca nesse mundo se está sozinho
E salve Jorge!
E salve Jorge!

*
Motumbá Axé


Ògún Meje – É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ògún completo, velho solteirão rabujento. É o aspecto do orixá que lembra a sua realização em conquistar a sétimaaldeia que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar o seu filho Adahunsi.
Ògún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido – Um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães como oferendas, um dos seus mitos liga-o a Oxaguiã e Ìyemonjá quanto a sua origem e como ele ajudou Osalá em seu reino fazendo ambos um trato.É um Ògún, como indica o seu nome, particularmente combativo. Tem temperamento rabugento, solitário. Dizem que acompanha Ogúnté.

Ògún Ajàká – É o “verdadeiro Ògún guerreiro”, sanguinário, que em princípio se veste de vermelho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Sàngó. Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ògún, um militar acostumado a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente.
Ògún Xoroke ou Ògún Soroke - Apenas um apelido que Ògún ganhou devido à sua condição extrovertida; soro = falar, ke= mais alto.Usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo. “Xoroke é um Ògún que tende a confundir-se com Esú, agitado, instável, suscetível e manhoso.

Ògún Meme – Veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como Ogunjá, mas de uma tonalidade diferente.

Ògún Wori
 – (Warri, ou wori: Yorübá) – É um Ògún perigoso, dado da feitiçaria, ligado ao màriwò, aos antepassados.; Tem temperamento difícil, suscetível, autoritário o espírito dogmático.

Ògún Lebede (Alagbede) – É o Ògún dos ferreiros, marido de Yémánjá Ogúnté e pai de Ògún Akoro. Representam um tipo mais velho de Ògún, trabalhadores conscienciosos, severos, que “não brincam em serviço”, ciente de seus deveres como de seus direitos, exigente e rabujento.

Ògún Akoró – É o irmão de Oxóssi, ligado à floresta, qualidade benéfica de Ògún invocada no pàdé. Filho de Ogúnté, Akoró é um tipo de Ògún jovem e dinâmico, entusiasta, era empreendedor, cheio de iniciativa, protector seguro, amigo fiel, e muito ligado à mãe.

Ògún Oniré – É o título de Ògún filho de Oniré, quando passou a reinar em Ire, Oni = senhor, Ire = aldeia., o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. Oniré é um Ògún antigo que desapareceu debaixo da terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se rapidamente.

Ògún Olode – Epíteto do orixá destacando a sua condição de chefe dos caçadores, originário de Kétu. Não come galo por ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha ao de Oxóssi.

Ògún Popo – Seria o nome de Ògún quando foi à terra dos Jeje, é um tipo fanático.

Ogun Waris: Nessa condição o orixá apresenta-se muitas vezes com forças
destrutivas e violentas. Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de agradá-lo ele aborrece-se. Um dos seus mitos narra que ele ficou momentaneamente cego.

Ògún Masa – Um dos nomes bastante comuns do orixá, segundo os antigos é um aspecto benéfico do orixá quando assim se apresenta.
Há vários nomes de Ògún fazendo alusão a cidades onde houve o seu culto, como Ògún Ondo da cidade de Ondo, Ekiti onde também há seu culto, etc. O orixá possui vários nomes na África como no Brasil e com isso ganha as suas particularidades e costumes.

Algumas Curiosidades

- Ogum veste verde para lembrar seu passado na agricultura, que só cresceu porque Ogum criou o ferro e seu manuseio, assim Ogum é também um Orixá da agricultura.

- E o azul representa a cor que as chamas do fogo adquirem quando tocam um pedaço de ferro que é transformado em aço.

- Porém Ogumjá é o único que pode vestir branco, por sua estreita ligação com Oxalá. Não se pronuncia o nome dele à noite ou sem um motivo justo, Ele é muito enérgico e não gosta de ser chamado sem necessidade. Quando dança no salão, seus passos lembram muito os de Oxalá e não de um guerreiro, mas não se deixem enganar... Ele é um grande Guerreiro.

- Conta-se que Oxaguiã ao receber sua primeira cabeça não gostou e quis trocar porque ela era muito fria. Ao receber uma segunda cabeça, Oxaquiã também não gostou porque ela era muito quente. Quando tentava trocar novamente sua cabeça, Ele encontrou Ogum, que o ensinou e ajudou a "temperar" sua cabeça, dando a ela equilíbrio, não estava nem fria nem quente. Oxaguiã é tão grato a Ogum que leva em suas contas brancas também a cor azul para simbolizar o grande laço e amizade entre os dois.

- Há polêmica sobre uma lenda que com conta que em luta sem fim com Oyá, Ogum acabou divido em sete (mege) partes e Oyá em nove, Daí seu nome Mege.




Motumbá Axé

Lendas de Ogum

Ogum dá ao homem o segredo do ferro.
Na Terra criada por Obatalá, em Ifé, os orixás e os seres humanos trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole. Por isso o trabalho exigia grande esforço. Com o aumento da população de Ifé, a comida andava escassa. Era necessário plantar uma área maior.
Os orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as árvores do terreno e aumentar a área de lavoura. Ossain, o orixá da medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno. Mas seu facão era de metal mole e ele não foi bem sucedido. Do mesmo modo que Ossain, todos os outros Orixás tentaram, um por um, e fracassaram na tarefa de limpar o terreno para o plantio. Ogun, que conhecia o segredo do ferro, não tinha dito nada até então. Quando todos os outros Orixás tinham fracassado, Ogun pegou seu facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno. Os Orixás, admirados, perguntaram a Ogun de que material era feito tão resistente facão. Ogun respondeu que era o ferro, um segredo recebido de Orunmilá. Os Orixás invejaram Ogun pelos benefícios que o ferro trazia, não só à agricultura, como à caça e até mesmo à guerra.
Por muito tempo os Orixás importunaram Ogun para saber do segredo do ferro, mas ele mantinha o segredo só para si. Os Orixás decidiram então oferecer-lhe o reinado em troca do que ele lhes ensinasse tudo sobre aquele metal tão resistente. Ogun aceitou a proposta. Os humanos também vieram a Ogun pedir-lhe o conhecimento do ferro. E Ogun lhes deu o conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro tiveram sua ança de ferro. Mas, apesar de Ogun ter aceitado o comendo dos Orixás, antes de mais nada ele era um caçador. Certa ocasião, saiu para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada. Quando voltou da mata, estava sujo e maltrapilho. Os Orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado. Eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do reinado. Ogun se decepcionou com os Orixás, pois, quando precisaram dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora dizem que não era digno de governá-los. Então Ogun banhou-se, vestiu-se com folhas de palmeira desfiadas, pegou suas armas e partiu. Num lugar distante chamado Irê, construiu uma casa embaixo da arvore de Acoco e lá permaneceu. Os humanos que receberam deOgun o segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de dezembro, celebravam a festa de Uidê Ogun. Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifícios em memória de Ogun. Ogun é o senhor do ferro para sempre.
[ Lenda 31 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
Ogum torna-se o rei de Irê.
Quando Odudua reinava em Ifé, mandou seu filho Ogun guerrear e conquistar os reinos vizinhos. Ogun destruiu muitas cidades e trouxe para Ifé muitos escravos e riquezas, aumentando de maneira fabulosa o império de seu pai. Um dia, Ogun lançou-se contra a cidade de Irê, cujo povo o odiava muito. Ogun destruiu tudo, cortou a cabeça do rei de Irê e a colocou num saco para dá-la a seu pai. Alguns conselheiros de Odudua souberam do presente que Ogun trazia para o rei seu pai. Os conselheiros disseram a Odudua que Ogun desejava a morte do próprio pai para usurpar-lhe a coroa. Todos sabem que um rei deve ver a cabeça decaptada de outro rei. Ogun não conhecia esse tabu. Odudua imediatamente enviou uma delegação para encontrar Ogun fora dos portões da cidade. Após muitas explicações, Ogun concordou em entregara cabeça do rei de Irê aos mensageiros de Odudua. O perigo havia acabado. Ogum fora encontrado antes de chegar ao palácio de seu pai. Como Odudua queria recompensar o seu filho mais querido, presenteou Ogun com o reino de Irê e todos os prisioneiros e riquezas conquistadas naquela guerra.
Assim Ogun tornou-se o Onirê, o rei de Irê.
[ Lenda 32 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
Ogum livra um pobre de seus exploradores.

Um pobre homem peregrinava por toda parte, trabalhando ora numa, ora noutra plantação. Mas os donos da terra sempre o despediam e se apoderavam de tudo o que ele construía. Um dia esse homem foi a um babalawo, que o mandou fazer um ebó na mata. Ele juntou o material e foi fazer o despacho, mas acabou fazendo tal barulho que Ogun, o dono da mata, foi ver o que ocorria. O homem, então, deu-se conta da presença de Ogune caiu a seus pés, implorando seu perdão por invadir a mata. Ofereceu-lhe todas as coisas boas que ali estavam. Ogum aceitou e satisfez-se com o ebó. Depois conversou com o peregrino, que lhe contou por que estava naquele lugar proibido. Falou-lhe de todos os seus infortúnios. Ogun mandou que ele desfiasse folhas de dendezeiro, mariwo, e as colocasse nas portas das casas de seus amigos, marcando assim cada casa a ser respeitada, pois naquela noite Ogun destruiria a cidade de onde vinha o peregrino. Seria destruído até o chão. E assim se fez.
Ogum destruiu tudo, menos as casas protegidas pelo mariwo.

[ Lenda 43 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]

Ogum chama a Morte para ajuda-lo numa aposta com Xangô.
Ogun e Xangô nunca se reconciliaram. Vez por outra digladiavam-se nas mais absurdas querelas. Por pura satisfação do espírito belicoso dos dois. Eram, os dois, magníficos guerreiros. Certa vez Ogun propôs a Xangô uma trégua em suas lutas, pelo menos até que a próxima lua chegasse.
Xangô fez alguns gracejos, Ogun revidou, mas decidiram-se por uma aposta, continuando assim sua disputa permanente. Ogun propôs que ambos fossem a praia e recolhessem o maior número de búzios que conseguissem. Quem juntasse mais, ganharia. e quem perdesse daria ao vencedor o fruto da coleta. Puseram-se de acordo.
Ogun deixou Xangô e seguiu para a casa de Oiá, solicitando-lhe que pedisse a Iku que fosse à praia no horário que tinha combinado com Xangô. Oiá aquiesceu, mas exigiu uma quantia em ouro como pagamento, que recebeu prontamente. Na manhã seguinte, 
Ogun e Xangô apresentaram-se na praia e imediatamente o enfrentamento começou.
Cada um ia pegando os búzios que achava. Vez por outra se entreolhavam. 
Xangô cantarolava sotaques jocosos contra Ogun. Ogun, calado, continuava a coleta. O que Xangô não percebeu foi a aproximação de Iku. Ao erguer os olhos, o guerreiro deparou com a morte, que riu de seu espanto.
Xangô soltou o saco da coleta, fugindo amedrontado e escondendo-se de Iku. À noite Ogun procurou Xangô, mostrando seu espólio. Xangô, envergonhado, abaixou a cabeça e entregou ao guerreiro o fruto de sua coleta.


[ Lenda 44 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
*
Motumbá Axé

Fisicamente, os filhos de Ogum são magros, mas com músculos e formas bem definidas. Compartilham com Exu o gosto pelas festas e conversas que não acabam e gostam de brigas. Se não fizerem a sua própria briga, compram a dos seus camaradas.Sexualmente os filhos de Ogum são muito potentes; trocam constantemente de parceiros, pois possuem dificuldade de se fixar a uma pessoa ou lugar.
São do tipo que dispensa um confortável colchão de molas para dormir no chão; gostam de pisar a terra com os pés descalços. São pessoas batalhadoras, que não medem esforços para atingir os seus objectivos, são pessoas que mesmo contrariando a lógica lutam insistentemente e vencem.
Não se prendem à riqueza, ganham hoje, gastam amanhã. Gostam mesmo é do poder, gostam de comandar, são líderes natos. Essa necessidade de estar sempre à frente pode torná-los pessoas egoístas e desagradáveis, mas nem sempre.
Geralmente, os filhos de Ogum são pessoas alegres, que falam e riem alto para que todos se divirtam com suas histórias e que adoram compartilhar a sua felicidade.
Em seu pólo negativo os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. E na maioria das vezes estão envolvidos em demandas.



Motumbá Axé

Dia 23 de Abril é Dia de Jorge... Salve Jorge!

Deus adiante paz e guia.
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe ...
Os doze apóstolos meus irmãos.
Andarei neste dia nesta noite com meu corpo cercado vigiado e protegido pelas as armas de São Jorge.
São Jorge sentou praça na cavalaria, eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia. Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem. Tendo mãos não me peguem não me toquem. Tendo olhos não me enxerguem. E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançará. Facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar. Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge. Jorge é da Capadócia.

Salve Jorge!

Ogum iê!






















Dia na Semana: Terça-feira
Dia no Ano: 23 de abril, Dia de São Jorge, Dia de Ogum.
Ferramentas: Espada, bigorna, pá, enxada, faca, foice, ferradura, todas as ferramentas pertencem à Ogum.
Domínios na Natureza: Fogo e o Ferro.
Domínios no homem: a Guerra, o Trabalho, o sustento, Ogum é protetor de todo trabalhador.
Local: Estradas, campos de Batalha, plantações.
Cor: Azul escuro, verde e vermelho em algumas qualidades.
Saudação: Ògún ieé

















Ogum é o temível e respeitado guerreiro, dono dos caminhos, Ogum é quem nos guia.
Vigia a entrada das casas e dos templos, representado pelo màrìwò (mariô), as folhas de dendezeiro (igi öpë) desfiadas, colocadas em símbolo de sua proteção.

Orixá da tecnologia, da metalurgia, do ferro, do fogo é Ogum quem trabalha na forja, por isso é
dono de todas ferramentas. É dono do Obé , a faca, por isso Ogum vem logo após Exu, sem o obé de Ogum não haveria o sustento.

Ogum é protetor dos ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, sapateiros, talhantes, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins.





Por enquanto é só!

Motumbá Axé!

Nenhum comentário:

Postar um comentário